OPERAÇÃO PERFÍDIA

Vereador nega ter recebido propina e alega ser alvo de armação política; veja vídeo

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Vereador nega ter recebido propina e alega ser alvo de armação política; veja vídeo
Sargento Joelson é investigado por supostamente ter recebido propina de construtora da obra do Contorno Leste

Conteúdo/ODOC - O vereador de Cuiabá, Sargento Joelson (PSB), afirmou estar sendo vítima de uma armação política após ser afastado do cargo por decisão judicial no âmbito da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Joelson negou ter recebido qualquer quantia indevida e expressou confiança na Justiça.

“Olá pessoal, passando aqui para tranquilizá-los e dizer que dentro do possível estou bem. Peço desculpas pelo silêncio dos últimos dias, mas em razão do feriado só tivemos acesso ao inquérito na tarde de ontem. Ainda não posso entrar em detalhes, pois as investigações correm em segredo de justiça. No entanto, posso afirmar com tranquilidade que não recebi dinheiro algum e que tenho plena confiança de que tudo será esclarecido em breve”, declarou o vereador.

A Operação Perfídia, conduzida pela Polícia Civil, resultou no afastamento de dois vereadores de Cuiabá: Sargento Joelson (PSB) e Chico 2000 (PL). A decisão foi proferida pela juíza Edina Ederli Coutinho.

“A cada passo fica mais evidente que eu estou sendo vítima de uma armação política. Confio no trabalho da Polícia Civil e da Justiça que com serenidade e responsabilidade irão mostrar a verdade. Quero pedir desculpa a minha família, aos amigos, ao meu grupo político e toda a população do Cabana por toda essa exposição. Mas como agente público, estou sujeito a esse tipo de situação. Agora é ter paciência e a verdade prevalecerá.”

A Operação

A Operação Perfídia, deflagrada na última terça-feira (29), apura denúncias de que os vereadores teriam solicitado propina de uma empresa responsável pelas obras do Contorno Leste, em Cuiabá.

Segundo as investigações, os parlamentares teriam exigido pagamentos ilícitos para aprovar projetos legislativos que permitiriam o repasse de recursos públicos à empresa. Há indícios de que parte do valor foi depositada em conta indicada por um dos vereadores, enquanto outra parte teria sido paga em espécie dentro da Câmara Municipal.

Além dos vereadores, também foram alvos da operação o proprietário da empresa e dois funcionários. A juíza Edina Ederli Coutinho determinou o afastamento dos parlamentares de seus cargos, proibindo-os de acessar as dependências da Câmara e das obras do Contorno Leste, bem como de manter contato entre si, com testemunhas ou servidores do Legislativo. Eles também devem entregar seus passaportes e não podem se ausentar da cidade sem autorização judicial.

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