Conteúdo/ODOC - A morte violenta de Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, gerou grande revolta em Mato Grosso. A adolescente, que estava grávida, foi assassinada e teve o seu bebê removido de seu ventre, em Cuiabá. Lideranças femininas e autoridades políticas se manifestaram após o crime e cobram justiça para a jovem e sua filha.
A senadora Margareth Buzetti (PSD), conhecida por sua atuação em defesa das mulheres e pela aprovação de leis como o Pacote Antifeminicídio e o cadastro de predadores sexuais, manifestou sua indignação nas redes sociais.
“Gente, até onde chega a crueldade do ser humano? Meu Deus, estou até agora sem acreditar nesse crime brutal que aconteceu aqui em Cuiabá. Uma menina de 16 anos, pronta para trazer uma criança ao mundo, assassinada a sangue frio por monstros – não encontro outra palavra. E com qual objetivo? Roubar a sua filha? Atraíram a adolescente Emilly até a sua casa com a promessa de doarem roupas para a menina. Olhem o tamanho da desfaçatez, da frieza, da falta de humanidade!”, declarou a senadora.
A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, também expressou sua tristeza e clamou por punições mais severas para crimes dessa natureza.
“Nada do que for feito agora trará a vida de Emilly de volta. Ainda assim, volto a cobrar leis mais duras para casos como esse. Por isso, defendo a pena de morte ou prisão perpétua — que seja, mas algo precisa ser feito. Com o coração destroçado e sangrando, peço que Deus conforte a família e os amigos”, disse Virginia.
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) também se posicionou sobre o caso, destacando a necessidade de acompanhar a investigação para garantir que os responsáveis sejam punidos.
“É revoltante ver um crime tão brutal como esse ocorrido em Cuiabá. A impunidade e as leis brandas no nosso país fazem com que muitos se sintam inatingíveis, especialmente quando o alvo são mulheres. Vamos acompanhar de perto esse caso para que os responsáveis não fiquem impunes. JUSTIÇA POR EMILLY!”, afirmou Janaina.
A vereadora Maria Avallone e o esposo, o deputado Carlos Avallone também se manifestaram através das redes sociais pedindo justiça.
“Revoltante! Não podemos aceitar que a vi0lência contra mulheres, jovens e gestantes siga impune!Precisamos de penas mais duras, mais rígidas!Não falo apenas como deputado estadual ou subprocurador da Procuradoria da Mulher, mas como pai, cidadão e ser humano”, escreveu o casal.
O crime
O casal Cristian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos, e Nataly Hellen Martins Pereira, de 25, foi preso em flagrante após ir ao Hospital Santa Helena para obter um atestado de nascido vivo, alegando que a mulher teria dado à luz em casa. No entanto, exames médicos comprovaram que Nataly não apresentava sinais de parto recente, o que levantou suspeitas e levou a equipe do hospital a acionar a Polícia Civil.
Na manhã desta quinta-feira (13), mais dois suspeitos foram detidos: o irmão de Nataly e um amigo do casal, que teriam ajudado no crime.
A recém-nascida foi deixada no hospital e está sob cuidados médicos. O Conselho Tutelar determinou que a criança permaneça em local seguro até que a Justiça defina sua guarda.
A Polícia Civil segue investigando o caso. As prisões ocorreram após a constatação de diversas inconsistências nos depoimentos do casal, que tentou sustentar a farsa até o último momento.