WILSON FUÁH

Os solitários por opção

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Os solitários por opção

A rotina é uma prisão sem grades, pois, sem notar, essa força mental invisível mantém as pessoas presas pela inação, levando-as a perder oportunidades de novos contatos e de crescimento espiritual.

Todos nós precisamos buscar momentos para ser felizes, sair da rotina e mudar hábitos que nos escravizam e nos impedem de conhecer o novo. Para sermos verdadeiramente livres, é essencial descobrir o diferente e não viver solitários por opção.

Viver é saber administrar os contrastes que surgem em nossas vidas. Antes de desejar que as pessoas sejam escravas de nossos desejos, é necessário compreender que vivemos em um mundo de desiguais. Somos diferentes justamente para nos completarmos. Por isso, é importante escolher o que melhor nos convém, mantendo o coração aberto às mudanças e às novas experiências. A vida é moldada por hábitos, mas estes podem e devem ser transformados para que não limitem nossa evolução e nos impeçam de romper barreiras.

Não aceitar as pessoas que se aproximam apenas por exigência de perfeição contribui para um mundo cheio de viajantes solitários. Muitos se acostumam a desprezar o simples e a criar expectativas irreais, vivendo apenas na zona de conforto. Assim, deixam de existir no presente e passam a habitar um futuro incerto, dominado por sonhos impossíveis ou pela eterna busca por caminhos desconhecidos.

A dificuldade em escapar da solidão muitas vezes surge da nossa incapacidade de abrir espaço para a aproximação. Antes de prejulgar um desconhecido, é essencial permitir que as vozes do coração façam pactos de convivência. Afinal, às vezes, somos nós que precisamos mudar.

Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências Econômicas. Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com