Com a chegada do Dia das Mães, muitas homenagens se voltam ao cuidado, à doação e ao amor incondicional que a maternidade representa. Mas há um olhar que também precisa ser valorizado: o da liderança que nasce e se fortalece nos bastidores da vida cotidiana dessas mulheres.
Conciliar carreira e maternidade é, sem dúvida, um dos maiores desafios enfrentados por milhares de mulheres. É um verdadeiro jogo de malabares entre reuniões, tarefas escolares, prazos, choros, decisões e responsabilidades — tudo isso, muitas vezes, sem rede de apoio, descanso adequado ou reconhecimento suficiente.
Ser mãe é assumir o papel de guia, mentora, exemplo. É liderar mesmo nos dias de cansaço extremo, ensinar com o olhar, corrigir com amor e impulsionar com coragem. É colocar o outro no centro sem se esquecer de si, mesmo quando o mundo insiste em dizer que isso é impossível.
Muitas dessas mulheres lideram, no mínimo, duas frentes: o lar e os negócios. Elas conciliam planilhas e tarefas escolares, metas e mamadeiras, decisões estratégicas e bilhetes na agenda. São mulheres que, mesmo sobrecarregadas, seguem em frente. Que, mesmo em dúvida, escolhem confiar. Que, mesmo cansadas, continuam construindo. E é justamente por conhecerem a dor, o medo e a vulnerabilidade que se tornam líderes tão potentes. Porque liderar não é ter todas as respostas, e sim ter coragem de continuar buscando.
Diante de todos esses desafios, elas seguem. Empreendem. Gerenciam. Lideram. Inspiram. Transformam empresas com um olhar mais sensível, uma escuta mais ativa, uma intuição estratégica e uma resiliência construída no calor da rotina real.
Essa liderança que emerge do lar e ganha espaço no mundo dos negócios não vem com fórmulas prontas — ela nasce da necessidade de dar conta, mas floresce com propósito, visão e coragem. São mulheres que aprendem a fazer muito com pouco tempo, que conciliam metas e afetos, que sabem delegar com empatia e cobrar com humanidade.
É importante reforçar: ser mãe não é um pré-requisito para ser uma boa líder.
Existem mulheres incríveis exercendo lideranças extraordinárias sem vivenciarem a maternidade — e seu valor é inquestionável. Mas, neste momento, o foco é lançar luz sobre as mulheres que, ao se tornarem mães, também descobriram uma força de liderança que talvez nem soubessem que tinham.
Neste Dia das Mães, nossa homenagem é para essas mulheres que transformam lares e negócios com a mesma intensidade. Que lideram com afeto, mesmo quando estão exaustas. Que continuam buscando evolução, mesmo quando o mundo parece querer apenas cobrança.
Elas não precisam ser super-heroínas — e sim, humanas. E é justamente nessa humanidade que reside sua maior potência.
Sobre a autora:
Eu já tive medo de falar. Medo de errar. Medo de ser julgada. Desde a adolescência, minha voz mal saía. Bastava tentar me expressar… e eu travava. Vermelha, insegura, em silêncio.
Por muito tempo, acreditei que não era suficiente. E quando a maternidade chegou? Surgiram novas dúvidas: como dar conta de tudo? Como cuidar de alguém que depende de mim? Todas as sobrecargas e sentimentos de incapacidade foram se acumulando ao longo do tempo — e isso quase me fez desistir de mim mesma.
Mas, mesmo com medo, eu fui. Mesmo com dúvidas, dores e quedas, eu não parei. Minha maior virada foi quando mergulhei no autoconhecimento. Descobri que meu propósito era transformar pessoas, negócios e histórias.
Sou Ediane Dalbosco, mãe de duas crianças (3 e 12 anos), esposa, amiga, dona de casa, empreendedora, proprietária da Asthon Corretora de Seguros e da Edalbosco Consultoria & Treinamentos. Sou movida por propósito e desafios, em constante movimentação, e diariamente busco o equilíbrio entre meus múltiplos papéis e responsabilidades, entregando sempre o meu melhor — mesmo que esse "melhor" varie conforme as circunstâncias.
Ajudo pessoas a desbloquearem seu verdadeiro potencial para alcançarem mais realização e sucesso. Impulsiono negócios a crescerem com propósito, produtividade e lucratividade, sem depender do dono no operacional. E preparo empresários e líderes para extraírem o melhor de si e de suas equipes, construindo resultados consistentes com mais leveza e propósito.
Gostaria de compartilhar algo essencial que aprendi nesta jornada: “Precisamos dar o nosso melhor todos os dias, compreendendo que nosso ‘melhor’ pode mudar a cada momento — e isso é perfeitamente normal. O importante é continuar avançando, um passo de cada vez, sem desistir. Não exija tanta perfeição de si mesma; permita-se ter dias mais leves e aprenda a compartilhar o peso das suas responsabilidades”.
Ediane Dalbosco – Consultora Empresarial, Mentora e Palestrante