Conteúdo/ODOC - O Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso (Creci-MT) está sob investigação após novas denúncias de assédio moral e sexual terem surgido no curso da fiscalização do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2022. O atual presidente da instituição é Claudecir Contreira.
De acordo com o MPT, as denúncias incluem um relato de assédio sexual que será apurado na esfera penal, enquanto a análise trabalhista avaliará possível descumprimento do TAC.
Nesta semana, a Justiça de Cuiabá expediu medidas protetivas em favor de uma funcionária que denunciou o presidente por assédio moral e sexual. Claudecir e o superintendente Deivissen Santana Benites de Oliveira devem manter 1 quilômetro de distância da vítima, estão proibidos de contato com ela e de frequentar sua residência. A vítima também recebeu o botão do pânico como medida de segurança.
Em depoimento ao MPT, uma das vítimas relatou pressões excessivas no trabalho, incluindo cobranças fora do horário regular, finais de semana e períodos de doença, além de exclusão de eventos sociais da empresa e ameaças relacionadas à reeleição do presidente. Outra denúncia apontou que o conselheiro Beto Correia, de Sinop, enviou mensagens inapropriadas, incluindo fotos íntimas, e ameaçou uma funcionária de demissão caso não atendesse a seus pedidos.
A funcionária relatou que as situações criaram um ambiente de intimidação e abuso, levando-a a iniciar tratamento psiquiátrico. O MPT e a Polícia Federal seguem investigando os fatos, que podem resultar em ações judiciais contra os envolvidos.
Em nota, Claudecir Contreira afirmou que o Creci-MT não compactua com assédio e que um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado para apurar as denúncias. A defesa será apresentada ao MPT no prazo legal.