Conteúdo/ODOC - Ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Chico 2000 (PL), alvo da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (29), disse à imprensa que está “tranquilo” em relação à operação e que só teme “a Deus”. Chico 2000 fez questão de destacar que em seu gabinete não “encontraram” nada.
O ex-presidente, ao lado do vereador Sargento Joelson (PSB), é suspeito de cobrar propina de uma empresa responsável pelas obras do Contorno Leste em Cuiabá.
“Não apreenderam nada, olharam o que quiseram. Eu entreguei meu celular e a senha do meu celular. Vieram no meu gabinete, não apreenderam nada. O que eu sei é que isso será desmistificado, quem não deve, não teme. Só temo a Deus, mais ninguém”, disparou.
Sobre ter recebido propina, Chico 2000 foi direto: “não sei. Aqui tem câmeras. Quem entra aqui vê a hora que quer. Só requerer imagens, pix...quebra sigilo bancário e vai ver. O que não pode é ficar de especulação e jogar nome das pessoas no vento. Isso não pode e não vou aceitar”, disparou.
“Quem não deve não teme. Eu não devo. Se eu atendi A, B ou C na presidência, atendi porque como presidente sempre atendi a todos. Atender na presidência é crime?”, questionou o vereador afastado.
Por fim, Chico 2000 argumentou que não é prefeito da cidade. “O que eu tenho com isso? Eu não sou prefeito. Não pago conta da prefeitura. Não faço mensagens do Executivo. Mensagens do Executivo que vem pra casa, passam por todas comissões, plenário. Gostaria de saber onde eu entro. Mas isso meu advogado estará buscando respostas”, declarou.
“Minhas ações na Câmara sempre foram republicanas. A responsabilidade pelas mensagens é do prefeito. Ele quem encaminha mensagens à Câmara. A Câmara aprecia. O Executivo entendeu que precisava parcelar débitos para ter possibilidade de receber recursos do governo federal e precisava de autorização da Câmara. Mandou mensagem pedindo autorização e a Câmara concedeu”, completou Chico 2000.