Conteúdo/ODOC - O governador Mauro Mendes (União) afirmou que deve tomar uma decisão “o mais rápido possível” sobre o Consórcio do BRT para solucionar o atraso das obras em Cuiabá. O chefe do Executivo estadual ressaltou que sua equipe técnica está analisando detalhadamente o contrato e todos os documentos relacionados à construção do modal, que deveria ter sido entregue em outubro do ano passado, mas segue sem previsão de conclusão.
“Vou tomar essa decisão o mais rapidamente possível quando sentir segurança em todas as informações que pedi. Existem vários técnicos trabalhando nisso. Eu não vou ficar falando antes de ter uma posição muito bem estudada e muito bem decidida”, declarou Mendes nesta segunda-feira (3).
O governador ressaltou que não há mais espaço para justificativas por parte do consórcio responsável pelo empreendimento e criticou a falta de cumprimento dos prazos acordados. “O tempo da desculpa acabou, até porque em outubro nós fizemos uma repactuação com eles considerando esses problemas que houve. Nós repactuamos um prazo com eles e a partir daí eles deveriam estar cumprindo. Mas novembro não cumpriu, dezembro não cumpriu e janeiro praticamente parou”, afirmou.
Apesar da insatisfação com os atrasos, Mendes ressaltou que não tomará nenhuma decisão precipitada para evitar prejuízos ao Estado. “Para quem já perdeu esse tempo todo, eu prefiro perder mais um dia, dois ou mais uma semana para tomar uma decisão madura para não penalizar o Estado”, disse.
O governador também voltou a responsabilizar o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pelos problemas enfrentados na obra do BRT. Mendes afirmou que a paralisação da construção do modal em 2023, durante a gestão do ex-prefeito, contribuiu diretamente para o atraso na entrega do projeto.
“Lamentavelmente a empresa atrasou, lamentavelmente o Emanuel Pinheiro segurou a obra por um ano. Então existem algumas coisas lamentáveis e nesse momento não adianta ficar falando muito sobre isso, é pegar o problema do jeito que está e resolvê-lo. É nisso que nós estamos debruçados nesse momento”, concluiu o governador.
A obra do BRT foi anunciada como solução para substituir o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), projeto que também sofreu sucessivos problemas e acabou sendo descartado pelo Governo do Estado.