CASO EMILLY

Marido de assassina nunca a acompanhou em pré-natal, mas acreditava que ela estava grávida

· 2 minutos de leitura
Marido de assassina nunca a acompanhou em pré-natal, mas acreditava que ela estava grávida
Ele prestou depoimento na DHPP e negou envolvimento na morte da adolescente Emilly

Conteúdo/ODOC - O chef de cozinha Christian Albino Cebalho de Arruda afirmou em depoimento à Polícia Civil de Mato Grosso que acreditava que a esposa, Nataly Helen Martins Pereira, realmente estava grávida.

Nataly confessou ter assassinado a adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, em Cuiabá para ficar com a bebê dela. Emilly estava grávida de nove meses.

O crime foi desvendado nesta quinta-feira (13), após a assassina dar entrada no Hospital Santa Helena com a recém-nascida. A bebê segue internada e passa bem.

Cebalho foi preso junto à mulher na unidade de saúde, mas foi liberado após prestar depoimento. “O interrogado mantinha um relacionamento com Nataly há pouco mais de um ano e após cerca de três meses foi comunicado sobre a gravidez.

O interrogado seria pai pela primeira vez; nunca acompanhou Nataly em exames pré-natais, mas ela lhe mostrava fotos e exames atestando a gravidez; pegava na barriga de Nataly e acreditava que ela realmente estava grávida", diz outro trecho do depoimento.

O chef relatou que, no dia do crime, trabalhou normalmente no restaurante Meats Grill, onde chegou por volta das 9 horas da manhã e permaneceu até as 15 horas.

Após o expediente, disse que retornou à sua residência, no bairro Santa Inês, onde ficou até pouco antes das 16 horas, quando seu cunhado chegou em sua casa para informá-lo de que o bebê de sua esposa estava prestes a nascer.

Juntos, foram até o Hospital Santa Helena, mas Christian só conseguiu ver a criança por volta das 21h. Pouco tempo depois, um policial militar o procurou no quarto e informou que a criança não era dele. Nesse momento, ele foi encaminhado, junto com Nataly, para a Central de Flagrantes.

“Depois, houve uma conversa com Nataly sobre o que estava acontecendo, mas ela continuou desconversando e afirmando que era a mãe do bebê”, consta no documento.

Ainda no depoimento, ele afirmou não conhecer a vítima e alegou não saber que Nataly mantinha conversas com ela.

Explicou que o celular era compartilhado entre ambos e que, por vezes, desconfiava dela, pois ela apagava algumas conversas. Contudo, segundo ele, Nataly justificava que as conversas apagadas eram "coisas de menina".