A posse de Donald Trump, hoje, na presidência dos Estados Unidos, traz esperanças aos norte americanos, que o elegeram com grande votação e ao mundo, que aguarda a ação do seu governo na solução de problemas econômicos e sociais, entre outros.
O novo governante promete mão-de-ferro para impedir a migração ilegal ao seu país (inclusive a deportação dos ilegais) e ação pela ampliação da economia e atração de empreendimentos que possam fortalecer a renda e o emprego.
De direita, a expectativa mundial é que Trump tenha zelo e coloque seu país como âncora, um papel que os EUA praticamente deixaram de executar nas últimas décadas, de governos mais preocupados com a globalização e até voltados à esquerda, como o do democrata Joe Biden, que chega ao seu final. Que o novo governo promova a paz, o desenvolvimento e a tolerância no que for possível. Colabore e apoie os parceiros para promover o bem-estar das população; nunca pela pura ideologia.
Trump fez o primeiro mandato entre 2016 e 2021, quando perdeu a eleição. Agora volta com grande aceitação, que além do governo lhe garante maioria no Senado, Câmara e até na Suprema Corte. Antes dele apenas um presidente norte-americano perdeu a reeleição e depois voltou ao poder: o democrata Grover Cleveland perdeu a reeleição em 1889 e voltou a eleger-se quatro anos depois, em 1893.
Diferente de outros países, inclusive o Brasil, onde além da reeleição, o ex-governante pode candidatar-se novamente para outros mandatos, o presidente dos EUA, mesmo com o período de governo interrompido, só pode assumir o poder federal por duas vezes. Isso quer dizer que Donald Trump tem agora quatro anos para governar e não poderá mais voltar.
Por interferência de Trump e sua equipe, a guerra no Oriente Médio (Israel e o Hamas já começaram a devolver reféns) está suspensa. Também deverá se encontrar solução para o conflito Rússia-Ucrânia. Uma dor-de-cabeça imediata para o novo presidente é a Venezuela.
Os Estados Unidos, a Comunidade Européia, a ONU, a OEA e mais de uma dezena de países latino-americanos recusaram-se a reconhecer a vitória de Nicolas Maduro que tomou posse na semana passada seu terceiro mandato. O oposicionista Eduardo Gonzalez Urrutia, que se considera vencedor da eleição venezuelana, compareceu à posse em Washington na certeza de vir a receber ajuda estadounidense.
O presidente Trump – irrequieto e intenso – gera expectativas. Na Europa, onde a direita melhorou de posições nas mais recentes eleições, sua vitória foi saudada. Na América Latina, sua ação desperta a curiosidade tento dos governos de direita quanto dos de esquerda. Que ele paute seu trabalho pelo interesse das nações e manutenção da democracia sem, contudo,pilotar suas ações pela ideologia. Até nas diferenças, todos os governos e nações devem se respeitar.
Pensamos que a tradição das relações Brasil-Estados Unidos é uma garantia de relacionamento maduro entre os governos Trump e Lula da Silva. Que a experiência política de ambos seja suficiente para terem o regular relacionamento institucional, independente do que pensam com quem se relacionam os presidentes.
Que a política externa dos EUA vão mudar em todo mundo é certo. O grande desejo é que seja voltada à paz e ao bem-estar do povo. Que os governos busquem os pontos de convergência em suas atividades institucionais e assim todos possam se beneficiar.
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)tenentedirceu@terra.com.br