ACUSADOS DE CORRUPÇÃO

Câmara começa processo de substituição de vereadores investigados em operação

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Câmara começa processo de substituição de vereadores investigados em operação
Chico 2000 e Sargento Joelson estão afastados das funções desde a semana passada e suplentes poderão ser convocados

A Câmara Municipal de Cuiabá informou que dará início à substituição dos vereadores Joelson Fernandes do Amaral, Sargento Joelson (PSB), e Francisco Carlos Amorim Silveira, Chico 2000 (PL), afastados de suas funções por decisão judicial no âmbito da Operação Perfídia

O ofício que determinou o afastamento dos vereadores será lido na sessão desta terça-feira (6).  Após a ciência do plenário, a Presidência dará encaminhamento aos trâmites para a convocação dos suplentes.

Conforme informações divulgadas, a Procuradoria da Casa pediu acesso ao conteúdo da decisão judicial que afastou os vereadores no mesmo dia que em que foi deflagrada a operação. Contudo até o fim da tarde desta segunda-feira (5), o pedido ainda não havia sido atendido.

Também será lida na sessão desta terça uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o vereador Chico 2000, apresentada pelo advogado Julier Sebastião. O pedido está fundamentado no Decreto-Lei nº 201/1967 e na Resolução nº 021/2009 da Câmara Municipal. Por isso, a representação não passará pela Comissão de Ética da Casa.

Como funciona a possível abertura de comissão processante

A representação recebida pela Presidência da Câmara também será lida em plenário nesta terça-feira (6). Por tradição, os vereadores encaminham o pedido à Procuradoria da Casa antes de votarem a abertura de uma Comissão Processante.

Após a emissão do parecer, o pedido vai a votação em plenário. Caso a maioria dos vereadores presentes aprove o recebimento dessa representação, será instaurada uma Comissão Processante composta por três parlamentares sorteados entre os desimpedidos.

A comissão terá prazo de até 90 dias para conduzir os trabalhos, o que inclui a oitiva do denunciado, a coleta de provas e a emissão de parecer.

Ao final dos trabalhos, o relatório é votado em plenário. A cassação do mandato somente será efetivada com o voto favorável de, no mínimo, dois terços dos vereadores.